Invisíveis cantos.

sábado, 23 de abril de 2011

Premier amour




Um jovem elegante na Paris da Belle Epoque, com seus dezessete anos, entra no salão dourado do Amor. Ele, um artista, queria logo era reinventar a cor. Sozinho em vão procurando por prazer. De que afrescos é o ventre da moça escolhida? Ele, o menino, queria logo era deitar. Tinha um terno alinhado com mangas vazias de cartas, nenhum truque. Ele, o arauto, queria logo era a aclamação real. E logo, uma linda jovenzinha de branco deixa cair sua luva. Ele, o sinal, queria logo era pegar. Oito botões forrados, branca e perfumada, luva de pelica fina. Ele, o perfumista, queria logo era sentir. Pobre menino-homem que de tanto querer logo, sentiu tanto.



Eu estou sempre contigo, mon cher enfant.

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O desconexo me elucida. Sinto um prazer de sábado quando sinto o aroma da loucura. Sei que não é fácil. Sei. Às vezes eu queria não saber e ter a benção da lucidez. No entanto eis-me aqui, forjada, leoa, musa de fogo. Ouro, olhar, branco, bracelete, unha vermelha.