Invisíveis cantos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Via crucis

Drinking tea in London during the Blitz, June 1941.



Sou mulher, negra, gay, prostituta,
miserável, palestina, apedrejada

nas ruas, nos dedos, nas sombras recolhidas
dos olhos úmidos, sem voz

verto especiarias nos lábios enquanto rezo 
sacudo minhas asas de poeira
para embalar o filho morto

dentro da garganta.



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O desconexo me elucida. Sinto um prazer de sábado quando sinto o aroma da loucura. Sei que não é fácil. Sei. Às vezes eu queria não saber e ter a benção da lucidez. No entanto eis-me aqui, forjada, leoa, musa de fogo. Ouro, olhar, branco, bracelete, unha vermelha.