Invisíveis cantos.

terça-feira, 23 de março de 2010

Ver melho[r]


''(...)Talvez vocês esperem que eu lamente 'o quanto se sofre' vivendo com um homem como Diego. Mas não creio que as margens sofram por deixar o rio correr, ou a terra por causa da chuva, (..) em minha opnião, tudo tem uma compensação mútua. Meu papel difícil e obscuro, de ser alíada de um ser extraordinário, tem a mesma recompensa de um ponto verde numa grande quantidade de vermelho: uma recompensa equilibrada. A dor e a felicidade que dominam a vida, nesta sociedade realmente pobre em que vivo, não são minhas. Quando sou parcial e os atos dos outros me ferem, inclusive os de Diego Rivera, responsabilizo-me por minha incapacidade de ver com clareza; mas, se não for (parcial), terei de admitir que é natural que as células vermelhas do sangue combatam as brancas sem nenhuma consideração, e que este processo traduz-se simplesmente em saúde."

Frida Kahlo, em Retrato de Diego.




É, eu sei. Glória estranha do corpo. Mas, é glória.
Xiu, Frida, que você sabe vermelho demais. 

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O desconexo me elucida. Sinto um prazer de sábado quando sinto o aroma da loucura. Sei que não é fácil. Sei. Às vezes eu queria não saber e ter a benção da lucidez. No entanto eis-me aqui, forjada, leoa, musa de fogo. Ouro, olhar, branco, bracelete, unha vermelha.