Invisíveis cantos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Do procurar









A saliva e as mágoas
Da tua pensada língua
Os lábios e seus cuidados
Fugidios dentes de marfim

Descontinuum sentires
Sensualidade casta e pagã
Teu degredo, teu vazio
Da tua velada fome

Adentro-me em róseas fendas
Caio em alongadas grandezas
Da carne

Dependo do liso e das trilhas
Façanhas exatas, gastas
Teus espaços ocos
Quereres de um escuro

Assim, incorporo a ti
Foice do Nada
Sou agora rastro carmesim
Uma mulher que aspira

Buscando na tua boca, a mim

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O desconexo me elucida. Sinto um prazer de sábado quando sinto o aroma da loucura. Sei que não é fácil. Sei. Às vezes eu queria não saber e ter a benção da lucidez. No entanto eis-me aqui, forjada, leoa, musa de fogo. Ouro, olhar, branco, bracelete, unha vermelha.