Invisíveis cantos.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Dois mil e nove



Esse ano merece uma paz, agem. Um rito, a Deus. Como dizer de coisas que não se dizem.
Ela se encorajava pensativa, pois coragem era seu nome. Tinha
entendido isso em uma manhã de neblina úmida de outras terras, onde
ela perfumou como uma flor é feita. O processo de viver é feito de
erros que te conduz ao vazio, te conduz ao vazio e te conduz ao vazio.
Susto. É no vazio que ela se deparou com o que É viver (não
comparável). Estado de sítio, revelação. O vazio conseguiu numa fração
de segundos que durou exatamente seis meses, tudo o que ela sempre
quis possuir: o seu modo de ser. Ano destruidor. Derrubou as suas
antigas torres gêmeas.
Ela então, seguiu. Era cedo demais para sentir tanto.


'Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela é bonita
Tem um olho sempre a boiar
E outro que agita'



E foi assim que ela suportou aprender a
ser amada e amou. Em dois mil e dez verdades.

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O desconexo me elucida. Sinto um prazer de sábado quando sinto o aroma da loucura. Sei que não é fácil. Sei. Às vezes eu queria não saber e ter a benção da lucidez. No entanto eis-me aqui, forjada, leoa, musa de fogo. Ouro, olhar, branco, bracelete, unha vermelha.